quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Matéria traduzida: Revista Event

 
No final do ano passado, durante a sua passagem pela Austrália, os One Direction foram acompanhados alguns dias pela repórter Louise Gannon da revista britânica Event, quem analisou um pouco como é a vinda da banda mais famosa do momento contando ainda com uma entrevista exclusiva.
Confiram a seguir a matéria traduzida, a qual conta detalhes de Harry, Louis, Liam, Niall e Zayn nos bastidores da fama:
A One Direction não é só uma banda pop. Eles são causadores de histeria, abastecidos pelas redes sociais, um fenômeno conquistador do mundo… e depois de cinco memoráveis dias com eles na Austrália, Louise Gannon da Event sabe o porquê.
Enquanto o fogo se espalha nas Blue Mountains ao redor de Sydney, turvando o céu com fuligens cinzas, um grupo de raparigas adolescentes histéricas com os rostos marcados de lágrimas estão dispostas nas rampas que levam ao estacionamento do hotel Sheraton. Há centenas delas, possivelmente milhares – correndo pelas ruas, bloqueando as calçadas, tentando entrar no estiloso lobby. Todas com pôsteres, cartazes, celulares e ursinhos de pelúcia. E mais estão a caminho.
Isto não é um protesto ou uma passeata. Esta é a One Direction mania: histeria adolescente levada a inacreditáveis novos níveis de insanidade organizada com a ajuda de celulares, Facebook, Twitter e fiscalização e técnicas de inteligência de se tirar o fôlego que envergonhariam o MI5 [serviço secreto]. O foco das raparigas é um grupo de popstars formado no X Factor, que em menos de três anos conquistaram a indústria musical no mundo e reposicionou o Reino Unido (pela primeira vez desde os Beatles) como líderes da música pop. Além disso, estes cinco rapazes – da classe trabalhadora do norte com um pouco de irlandês (Niall Horan) – acumularam uma fortuna estimada em 60 milhões de libras, os tornando as celebridades britânicas mais ricas com menos de 30 anos.
Da escola ao estrelato – dinheiro, fama, poder, milhares de lindas raparigas se atirando a eles. É algo das fantasias de meninos adolescentes. A banda até tem dois jatos privados – um jato de ‘festa’ e um jato ‘calmo’ – e dois ônibus de turnê no mesmo modelo. “O ônibus para festa é somente cheio com os nossos Xbox, DVDs, computadores e muitas meias velhas”, sorri Liam Payne, de 20 anos. O jato e o ônibus calmos estão cheios das velas perfumadas de Harry Styles (a favorita da banda e Vanilla & Anise do Jo Malone), máscaras para dormir e cobertores. Apesar de parecerem ter tudo, os rapazes ainda anseiam por algumas coisas.
Styles, de 19 anos, sonha em ter sua casa em Londres pronto a tempo do Natal. “Eu a comprei no começo do ano [2013], então decidi mudar a cozinha. Isso se tornou uma coisa mais e na última vez que estive lá estava cheia de tapumes. Os construtores disseram que não ficará pronta até janeiro, então quando eu finalmente for para casa ainda ficarei na casa de um amigo”.

Louis Tomlinson, de 22 anos, um dos três membros da banda que está em um relacionamento sério, acena com a cabeça quando eu pergunto o seu maior sonho. “[Para ser] absolutamente honesto? Ele está sentando no meu jardim com a minha namorada (a estudante da Universidade de Manchester, Eleanor Calder) em uma quieta manhã, tomando uma xícara de chá.”
Mas ainda não acontecerá em breve. E o mesmo vale para o sonho compartilhado da banda de ter um cachorro. “Nós todos queremos um cachorro”, diz Tomlinson. “Mas nós não podemos ter um, porque você precisa de tempo para estar com o cachorro. E nós nunca temos tempo”.
Todo segundo da vida deles conta. Um dia normal começa às 6 horas da manhã e acaba à uma hora da madrugada. Um raro dia de folga requer planejamento no nível de uma operação militar. “É bem difícil apenas ‘sair’”, diz Payne. “Se você sai, pode tentar colocar um chapéu e um par de óculos, mas não funciona muito. Assim que você vê alguém que te viu e essa pessoa está com o celular em mãos, você tem uns 15 ou 20 minutos antes de ficar completamente cercado. Outro dia, Louis e eu decidimos ir surfar. Nós saímos do carro e estávamos literalmente fechando o nosso macacão quando vimos alguém com um celular. Quando entramos na água havia um grupo de pessoas na praia. Quero dizer, isso é adorável. Mas pode ser um pouco embaraçoso quando você está tentando aprender a surfar e então você tem que se preocupar em tentar parecer legal e não cair”.
Em um estúdio de fotográfico nos arredores de Sydney, Payne está sentado no sol tentando explicar exatamente o que é ser um membro de uma banda a qual – quando se considera o sucesso nas paradas americanas – é oficialmente maior que os Beatles. “Só há uma palavra, e é ‘surreal’. Eu acho que nenhum de nós pensou muito nisso. Por que como isso pode parecer normal para alguém? É incrível, é maluco, é algo que nós nunca começamos a pensar que aconteceria, mas também é apenas estranho. Se apresentar, compor, os álbuns – isso é mais incrível do que você poderia imaginar. Mas nenhum de nós tinha ideia do resto”.
Styles balança a sua cabeça. “Quero dizer, não foi há tanto tempo em que tudo o que devíamos nos preocupar ela no nosso GSCE.” Payne sorri. “E passar no X Factor. Todos os sábados em que votaram para passarmos nós nos entreolhávamos e pensávamos, ‘conseguimos mais uma semana!’”.
Isso foi há três anos. Eles não ganharam; um cantor chamado Matt Cardle ganhou. One Direction – um grupo de cinco cantores individuais colocados juntos em uma banda por Nicole Scherzinger – ficou em terceiro lugar. Mês passado, Cardle se apresentou para uma plateia de menos de 100 pessoas no oeste de Londres. Os One Direction está há oito meses na sua turnê mundial, Take Me Home Tour, passando pela Europa, América, Austrália e Ásia. Ingressos para os sete concertos em Sydney na Allphones Arena, com capacidade de 21.000 pessoas, esgotaram em apenas três minutos.
Eles são a primeira banda pop desde os Beatles a realmente conquistar a América. Os seus primeiros dois álbuns ficaram em primeiro lugar ao redor do mundo. O último, Midnight Memories, certamente seguirá o mesmo caminho (os apostadores nem estão aceitando apostas, já que este já é um caso ganho).
“É a maior conquista que qualquer banda britânica alcançou em décadas,” diz Simon Cowell, dono da gravadora deles, Syco. “Fale o que quiser sobre eles, mas a One Direction mostra pelos números. Esta banda é absolutamente enorme”.
Em maio eles anunciaram mais uma turnê mundial começando em abril – desta vez em estádios. A demanda por ingressos foi tão grande que datas extras foram adicionadas rapidamente. Até agora, eles venderam mais de 10 milhões de álbuns. O filme deles, This Is Us, arrecadou 10 milhões de libras no fim de semana de lançamento. Os seguidores do Twitter deles somados estão chegando a marca de 100 milhões. As estatísticas dos One Direction são tão malucas quanto os fãs.
A Event voou para Sydney para a única entrevista da banda e ensaio fotográfico exclusivo para marcar o lançamento do Midnight Memories. Antes de eu ir para lá, o amigo deles e mentor ocasional, James Corden, falou para eu me prepara para ser surpreendida por eles. Corden escreveu a esquete introdutória do vídeo para o single de estreia do álbum, Best Song Ever, dirigido pelo seu amigo Ben Winston. “Eles são bem jovens, malucamente famosos e você acha que eles serão o usual clichê de estrelas do pop,” ele disse. “Mas eles são caras realmente decentes. Eles são espertos. Eles são bem mais pé no chão do que eu teria sido na idade deles”.
A banda está aqui com a sua equipe incluindo o chefe de segurança Scott, a cabeleireira Lou, estilista Gemma, o pai de Styles Des, e a sua irmã mais velha, Gemma. Há um quarto separado ao lado para os meninos, mas se torna óbvio dentro de minutos que eles não funcionam assim. Styles cumprimenta as pessoas pelo local, fungando e espirrando tentando se recuperar de uma crise de rinite alérgica. Ele bebe uma batida de vitaminas. “Há alguns meses nós estávamos fazendo as fotos do calendário, e a minha alergia estava tão forte que eu não conseguia abrir os olhos, mas eu tinha que fazê-las. Eles colocaram os meus olhos com photoshop”.
Enquanto isso, Payne leva a filha de Lou, Lux, para brincar do lado de fora, Malik checa se a sua nova tatuagem (um macaco espacial) está coberta e Horan e Tomlinson dão uma olhada na comida.
A primeira coisa a qual te chama atenção sobre eles é que eles não são exatamente, esnobes, distantes. A segunda coisa é que todos eles parecem significantemente mais velhos e muito mais legais do que pareciam ser no X Factor. “Nós todos mudamos,” diz Malik. “Eu definitivamente achei difícil no começo. Nenhum de nós se conhecia tão bem assim e nenhum estava realmente preparado. Nós fomos jogados nisso juntos. Nós passamos pelas mesmas coisas. Nossas mães chorando quando saímos de casa porque também não estavam preparadas. Eu achei bem difícil no começo. Eu sempre tentava ser legal, como você faz na escola. Eu achava bem difícil conversar com as pessoas, responder perguntas – você não quer parecer um idiota, então muitas vezes você não diz nada. Então você percebe que todo mundo está no mesmo barco. Nenhum de nós sabia o que estava fazendo. Você não pode se levar muito a sério, e todos começam a relaxar para ser quem você é. Eu não consigo imaginar o quão difícil seria fazer isso sozinho – se você não está em uma banda”.
Horan concorda com a cabeça. “Quero dizer, todos nós éramos apenas crianças. Quem sabe o que dizer? Agora eu sou excelente em conversas rápidas. Você é empurrado para dentro e tem que crescer rápido”.
Styles – que namorou a it girl Cara Delevingne, Taylor Swift e Caroline Flack, 34 – é quem recebe mais atenção. Três dias depois na Allphones Arena em Sydney, ele será quem receberá os gritos mais altos. Mas estranhamento, de todos eles é Styles que menos se analisa e parece mais relaxado.
“Eu odiaria ser o Harry,” diz Payne. “Porque eu acho que não conseguiria lidar com este nível extra de atenção”. Mas Horan completa, “Ele definitivamente achou toda a experiência bem fácil”.
Styles concorda com a cabeça. “Não há muito tempo atrás eu estava trabalhando em uma padaria, e agora estou fazendo isto. Eu tenho muita sorte, e pelo o que eu posso ver está tudo bem. Eu não penso demais em nada. Todo mundo te analisa do seu cabelo a suas sobrancelhas a forma que você balança a sua mão em um cumprimento. Se você começa a se preocupar com isso e pensar muito em tudo o que você faz, tudo se torna falso, então eu acho, só continue sendo você mesmo, faça o que faz e continue assim”.
Ele uma vez disse que seu cabelo recebeu tanta atenção que ele queria raspá-lo completamente. “Bom, ele está maior agora e eu gosto assim,” ele ri. “Eu comecei a gostar dele. Acho que todos nós mudamos, ficamos mais tranquilos”.
“E agora nós realmente parecemos nós mesmos,” Payne ri. “Nós estamos mais velhos. Nós todos temos pelos por todas as partes agora – até o Niall. Nós estamos maiores, nós temos barba, nós estamos virando homens”.
Payne desenvolveu um lindo abdômen. “Eu sempre quis um corpo forte, mas eu nunca tinha o foco para treinar. Nós temos um treinador conosco, e para mim foi uma das melhores coisas desta turnê, entrar na forma que eu quero. Pode ser complicado usar as academias dos hotéis. Outro dia eu estava suando os últimos minutos dos meus exercícios de levantamento e as portas eletrônicas ficavam abrindo e fechando com raparigas atrás delas, gritando para mim. Outra vez, eu fui a uma academia vazia, e só tinha eu e uma rapariga toda maquiada, com um vestido e saltos altos, correndo na esteira me olhando”.
Apesar dos jatos privados, os personal trainers e a vida de luxo, uma vibe de [rapazes] do norte pé no chão perdura. Eles mostram fotos em seus celulares de amigos na universidade. Tomlinson sorri. “Eles provavelmente fazem coisas mais loucas do que nós porque estamos sempre trabalhando”.
Styles fala sobre as comparações com os Beatles. “Nós todos sentamos e assistimos o filme deles chegando na América, e para ser honesto, isso realmente foi como nós. Saindo do avião, as raparigas, a loucura. Foi exatamente igual quando nós chegamos lá – apenas 50 anos antes. Mas nenhum de nós pensa que estamos no mesmo patamar que eles na música. Nós seriamos idiotas se pensássemos assim. No quesito fama, provavelmente seja maior, mas nós não estamos em nenhum lugar próximo a eles em termos de música”.
Payne talvez seja o membro mais analítico da banda. Ele fez sua primeira audição para o X Factor quando tinha 14 anos, mas Cowell disse para ele voltar em dois anos. Ele foi então estudar tecnologia da música antes de voltar ao X Factor e acabar nos One Direction.
“Você sonha com as coisas a acontecerem assim, mas você nunca acha que elas realmente acontecerão. Foi tudo tão incrivelmente rápido para nós, e é realmente só agora – alguns anos depois – que você realmente começa a entender tudo. No começo nós só estávamos inacreditavelmente gratos que tínhamos conseguido um contrato de gravação, sem mencionar qualquer outra coisa. Então foi bem maluco no começo, e você passa o primeiro ano pensando que não merece nada disso.” Diz Payne.
Tomlinson concorda. “Este ano, nós fomos ao VMA. Nós ainda nos sentimos muito novos e, tipo, não temos nenhum amigo neste nível. Nós fomos colocados junto com as pessoas do hip-hop, sentando ao lado de Drake o que foi muito legal, e a Rihanna estava bem na nossa frente. Mas nós na verdade não conhecemos nenhum deles. Harry conhece o Elton John, e ele é incrivelmente legal conosco. Mas os nossos amigos de verdade são pessoas como Little Mix e JLS”.
Enquanto o mundo em volta deles foca no fenômeno, a banda está focada na música. Mesmo no centro do furacão, eles têm um olho no futuro. Não há conversas sobre desistir, nenhum pensamento em quando tudo acabará.
Tomlinson e Payne co-escreveram quase a metade das músicas do Midnigth Memories. “Nós ainda estamos aprendendo,” diz Payne com uma adorável honestidade. “Mas nós estamos ficando cada vez melhores. Demora mais para você ter confiança em compor do que para se apresentar, e nós definitivamente começamos a avançar. Trabalhar no estúdio é a melhor coisa para mim em estar na banda”. Diz Tomlinson, “você começa só ouvindo todo mundo, mas o quanto mais faz, mais decisões você começa a tomar. No começo foi bem difícil: você senta em uma sala com compositores perguntando sobre a sua vida amorosa e coisas assim, e eles começam a montar uma música. Mas você continua fazendo isso e nós compusemos mais e mais. Este álbum definitivamente mais rock, mais de nós mesmos. Escrever as suas próprias músicas – é isso que te faz começar a sentir que merece estar onde está, não todas as outras coisas malucas. Nós olhamos para outras bandas – até pessoas como o Take That – e vemos que é isso que as fez. De tudo, são as músicas que vão durar, então isso é mais o nosso foco”.
Eles descobriram o paradoxo da fama nesta turnê mundial. Assim como Oscar Wilde escreveu, “Neste mundo só há duas tragédias. Uma é não conseguir o que quer, a outra é conseguir.” Os One Direction são amados por milhões, mas mal conseguem passar um tempo com as pessoas que amam. Eles estão viajando o mundo, mas – bar de arenas, hotéis e estúdios de televisão – eles conseguem ver pouco disso. E é bem difícil ser rock’n’roll quando se está confinado em seu quarto de hotel.
“Muitas vezes nós, na verdade, preferimos dormir no ônibus da turnê,” diz Payne. “Nós o estacionamos perto do local do concerto e ficamos lá. Nós temos os nossos DVDs e Xbox e nós temos um ônibus quieto para dormir. É na verdade bem mais fácil do que estar em um hotel”.
As raparigas estão em todos os lugares, mas as que eles querem estar próximos – no caso de Tomlinson e Payne – estão na Inglaterra. A noiva de Malik, Perrie Edwards do Little Mix, voou para Sydney há alguns dias, mas eles só conseguiram passar uma noite juntos.
“Mas foi muito bom,” diz Malik. “Nós saímos para comer, ficamos sentados apenas relaxando. Você tem que acreditar que nos nossos relacionamentos é ausência quem faz o coração ficar mais apaixonado”.
Tomlinson, quem está com a sua namorada há dois anos, concorda. “Eu acho que na verdade nós todos somos bons namorados. Nós somos definitivamente românticos. Mas quando conseguimos estar com as nossas namoradas, nós só queremos fazer coisas normais que nunca podemos fazer, tipo assistir programas ruins de TV e ficar dentro de casa. É definitivamente mais difícil, mas acho que estamos em relacionamentos porque queremos estar neles e queremos fazê-los funcionar. Você só se distrai se quer ser distraído”.
A maioria da energia do dia-a-dia na turnê parece ira para a logística de levá-los de A para B. “Na América foi completamente maluco, exatamente como é aqui,” diz Payne. “Em Nova York foi terrível, porque o trânsito significa que os carros vão devagar, os fãs estão em todos os lugares. Às vezes é um pouco como viver em uma versão do programa de TV 24 Horas”.
Ele pausa. “Quando eu penso nisso, eu começo a me preocupar com toda essa coisa das mídias sociais. Eu vi documentários sobre crianças que apenas olham a tela o dia inteiro, vivendo pelo Twitter. Me deia desconfortável; crianças deviam viver a vida delas, sair, se divertir. Muitas vezes eu penso em sair completamente do Twitter, porque você sente que deve parar de alimentar a máquina”.
Eles conseguiram ir a alguns bares na América e algumas praias na Austrália com amigos da equipe de segurança. E Malik conseguiu fazer sua tatuagem na praia Bondi. “Nós fomos às duas da manhã,” Horan explica. “Estava bem quieto, mas estava absolutamente bonito”.
Muitos membros da banda compraram casas para suas famílias, e cada um comprou uma para si mesmo. Tomlinson recentemente fez Malik usar o seu conselheiro financeiro (também utilizado por Styles). Ele está um pouco envergonhado de dizer, mas ele tem um portfólio de investimento. “Não apenas uma coisa como uma propriedade; você espalha o seu dinheiro em investimentos, você só tem que ser bem responsável”.
Eles não são rapazes normais de 19, 20 anos. Todos eles mal podem esperar para ir para casa. Eles sentem falta de suas famílias, seus amigos, e a relativa liberdade do Reino Unido. Eles trabalham 14 horas por dia, seis dias por semana. Eles são infalivelmente educados, levantando para os outros se sentarem, ouvindo respeitosamente os conselhos do pai de Harry.
E eles não se ofendem com perguntas pessoais. Harry sorri quando eu pergunto se ele tem uma namorada. Ele está no momento solteiro, ele me conta, “mas ninguém nunca sabe isso. Outro dia havia uma foto minha com a minha ‘namorada secreta’. Eu não vi, mas a minha mãe me ligou porque eles usaram uma foto minha com Gemma. Ela não é minha namorada!”.
Alguns dias depois a banda está prestes a entrar no palco em Sydney. Eles estão atrasados porque receberam um prêmio (pelos concertos esgotados que venderam mais rápido) e estão conversando com Danii Minogue. Os frenéticos gritos de adolescentes a espera na arena são de doer o ouvido.
Eles sobem no palco com as roupas que usaram o dia inteiro. Não há troca de roupas (a não ser Liam tirando a sua camisa), nenhuma dança e poucos efeitos especiais. O que os One Direction fazem é muito inteligente. Eles mostram vídeos de mensagens especiais e gigantes montagens de artefatos dos fãs, e entre os seus hits eles conversam, respondem a perguntas do Twitter da plateia (‘Quais dos sete anões da Branca de Neve vocês seriam?’) e, como de costume, elogiam os fãs. É mais um ‘uma plateia com…’ do que um concerto, e como parte do entretenimento interativo do século 21, é algo genial.
Duas horas depois a banda está fora do palco, subindo em vans escuras enquanto Scott e a sua equipe organizam uma escolta policial até a cidade. Amanhã a banda voa para Melbourne, então Tóquio e finalmente vão para casa. “Uma verdadeira xícara de chá,” grita Tomlinson. “E o Natal,” diz Styles. A agenda deles de agora até lá está completamente lotada, mas ninguém está reclamando. “Nós podemos dormir quando tivermos 30 anos,” diz Payne.
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