Nunca antes houve tantos bastões de luz sendo levantados na Rod Laver Arena por tantas sóbrias e pequenas mãos.
A maior boyband do mundo tocou na HiSense Arena na última vez em que
esteve aqui, mas na quarta feira a noite, um ano e um segundo álbum
depois, One Direction lotou o maior estádio no primeiro de oito concertos esgotados em Melbourne.
Antes do quinteto do Reino Unido subir ao palco, o mero sinal de seus
nomes nos telões causou um grande coro quase ensurdecedor de gritos. No
momento em que eles apareceram, você podia sentir os decibéis em seu
peito. Mas por que todo o barulho? Bem, nas palavras de Harry Styles,
todos são fofos de morrer. Nenhum dos rapazes pode vangloriar-se por
passos de dança como Justin Timberlake ou Usher, mas para milhões de fãs
eles são rostinhos lindos e cuidadosamente cultivados com uma estética
de good boy/bad boy (boa aparência, cabelo ondulado, mini músculos,
tatuagens), sendo atraentes por si só.
As vozes também, cantantes e doces como irmãs gêmeas. Ambas
individuais e como um conjunto, são muito afinadas ao vivo, e enquanto
eles cantam uma música cativante após a outra é fácil perceber o
atrativo.
Muitas parecem iguais, mas são tão contagiantes que nem importa.
Letras fofas como “You don’t know you’re beautiful/That’s what makes you
bautiful” asseguram que milhões de quartos como santuários dos 1D pelo
mundo sejam aprovados pelos pais, e vi alguns entediados e confusos
acompanhando o exército de jovens fãs na quarta feira à noite.
Por duas horas e vinte minutos, as músicas pop e baladas – incluindo
uma dedicada ao avô do Liam, que faleceu no dia em que os rapazes
chegaram a Austrália – passaram de maneira densa e rápida. Enquanto
doloroso para os membros mais velhos da platéia, aliviar na forma de
leitura dos tweets de algumas fãs não foi eficiente para diminuir os
gritos das admiradoras. Mencionando que a multidão de Melbourne é a
melhor de todas – algo que pareceu acontecer em um intervalo de dois
minutos – fez com que o volume se superasse.
Os rapazes, todos por volta dos 20 anos, cresceram um pouco nos
últimos anos – trocando suas camisas polo e calças de algodão por
tatuagens e melhorando consideravelmente seu senso de estilo, o que
insinua que sua forte bolha possa talvez durar mais outro álbum ou dois
antes de estourar.
Por hora, entretanto, para uma adorável plateia que balança os
bastões de luz parecendo crianças em um concertos dos Wiggles, uma noite com os
One Direction significa a melhor noite já vivida.
Sem comentários:
Enviar um comentário