quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Review: One Direction em Melbourne

 
Nunca antes houve tantos bastões de luz sendo levantados na Rod Laver Arena por tantas sóbrias e pequenas mãos.
A maior boyband do mundo tocou na HiSense Arena na última vez em que esteve aqui, mas na quarta feira a noite, um ano e um segundo álbum depois, One Direction lotou o maior estádio no primeiro de oito concertos esgotados em Melbourne.
Antes do quinteto do Reino Unido subir ao palco, o mero sinal de seus nomes nos telões causou um grande coro quase ensurdecedor de gritos. No momento em que eles apareceram, você podia sentir os decibéis em seu peito. Mas por que todo o barulho? Bem, nas palavras de Harry Styles, todos são fofos de morrer. Nenhum dos rapazes pode vangloriar-se por passos de dança como Justin Timberlake ou Usher, mas para milhões de fãs eles são rostinhos lindos e cuidadosamente cultivados com uma estética de good boy/bad boy (boa aparência, cabelo ondulado, mini músculos, tatuagens), sendo atraentes por si só.
As vozes também, cantantes e doces como irmãs gêmeas. Ambas individuais e como um conjunto, são muito afinadas ao vivo, e enquanto eles cantam uma música cativante após a outra é fácil perceber o atrativo.
Muitas parecem iguais, mas são tão contagiantes que nem importa. Letras fofas como “You don’t know you’re beautiful/That’s what makes you bautiful” asseguram que milhões de quartos como santuários dos 1D pelo mundo sejam aprovados pelos pais, e vi alguns entediados e confusos acompanhando o exército de jovens fãs na quarta feira à noite.
Por duas horas e vinte minutos, as músicas pop e baladas – incluindo uma dedicada ao avô do Liam, que faleceu no dia em que os rapazes chegaram a Austrália – passaram de maneira densa e rápida. Enquanto doloroso para os membros mais velhos da platéia, aliviar na forma de leitura dos tweets de algumas fãs não foi eficiente para diminuir os gritos das admiradoras. Mencionando que a multidão de Melbourne é a melhor de todas – algo que pareceu acontecer em um intervalo de dois minutos – fez com que o volume se superasse.
Os rapazes, todos por volta dos 20 anos, cresceram um pouco nos últimos anos – trocando suas camisas polo e calças de algodão por tatuagens e melhorando consideravelmente seu senso de estilo, o que insinua que sua forte bolha possa talvez durar mais outro álbum ou dois antes de estourar.
Por hora, entretanto, para uma adorável plateia que balança os bastões de luz parecendo crianças em um concertos dos Wiggles, uma noite com os One Direction significa a melhor noite já vivida.

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